Conforme expõe o empresário e especialista em mercado imobiliário Nuno Coelho, a acessibilidade em novas incorporações imobiliárias é uma preocupação crescente nas grandes cidades brasileiras. Adaptar construções para pessoas com diferentes capacidades vai além de cumprir regulamentações, é sobre promover uma cidade mais inclusiva. Curitiba, com seu histórico de planejamento urbano inovador, tem adotado políticas e diretrizes para tornar os espaços urbanos mais acessíveis a todos. A seguir veremos algumas dessas iniciativas.
Como Curitiba regula a acessibilidade urbana?
Curitiba tem se destacado por suas políticas de acessibilidade urbana, com diretrizes claras para garantir a inclusão em espaços públicos e privados. A cidade possui regulamentações que visam adaptar ruas, praças e edificações para que pessoas com deficiência, idosos e indivíduos com mobilidade reduzida possam circular com mais autonomia e segurança.
Além disso, Nuno Coelho destaca que as incorporações imobiliárias em Curitiba precisam atender a padrões de acessibilidade definidos por leis municipais e federais. Essas regras exigem, por exemplo, que novos empreendimentos contem com elevadores acessíveis, banheiros adaptados e entradas sem barreiras arquitetônicas. Isso não só facilita o acesso, mas promove a inclusão social, incentivando uma cidade mais justa para todos os seus moradores.
Quais iniciativas governamentais apoiam a acessibilidade nos novos empreendimentos?
O governo local tem sido um grande promotor da acessibilidade nas novas incorporações imobiliárias, oferecendo incentivos para que os empreendedores sigam as normas. Por meio de programas de financiamento e apoio técnico, Curitiba estimula a adoção de soluções inclusivas nos projetos arquitetônicos, garantindo que tanto o setor público quanto o privado colaborem para uma cidade acessível.
Além de apoio financeiro, há uma fiscalização ativa nas construções para verificar se as normas de acessibilidade estão sendo cumpridas. Segundo o empresário Nuno Coelho, empreendedores que não seguem as diretrizes podem enfrentar multas ou dificuldades na aprovação de projetos. Esse controle rigoroso assegura que as incorporações imobiliárias estejam preparadas para receber um público mais diversificado, aumentando a oferta de moradias acessíveis.
As principais normativas e leis de acessibilidade aplicadas às construções
A legislação brasileira conta com uma série de normativas que regem a acessibilidade em construções. A mais conhecida é a NBR 9050, que define parâmetros de acessibilidade para espaços públicos e privados. Em Curitiba, essa normativa é aplicada com rigor, determinando, por exemplo, a instalação de rampas, corrimãos e pisos táteis em áreas comuns dos novos empreendimentos. Ademais, o Estatuto da Pessoa com Deficiência e o Código de Obras de Curitiba também impõem uma série de obrigações às construtoras e incorporadoras.
Como o projeto arquitetônico inclusivo é pensado?
De acordo com o especialista em mercado imobiliário Nuno Coelho, o conceito de arquitetura inclusiva busca adaptar espaços para que todas as pessoas, independentemente de suas capacidades, possam utilizá-los de forma independente e segura. Isso implica em projetar desde o início com a acessibilidade em mente, ao invés de realizar adaptações posteriores. Em Curitiba, muitos projetos já nascem com esse viés, incorporando corredores mais largos, portas automáticas e banheiros amplos e adaptados.
Uma tendência crescente no mercado
Desse modo, é evidente que a acessibilidade em novas incorporações imobiliárias é uma tendência que deve continuar a crescer em Curitiba, à medida que as demandas sociais por inclusão aumentam. As políticas públicas, normativas e os projetos arquitetônicos disponíveis mostram que é possível criar espaços urbanos adaptados para todos, promovendo uma melhor qualidade de vida. Dessa forma, investir em acessibilidade é mais do que cumprir leis, é contribuir para a construção de uma cidade mais humana e igualitária.